Por Emile Borges
Crianças que sofreram maus tratos, abuso sexual, com problemas na família, adolescentes que estão em situação de risco. É assim que chegam até a Nossa Casa, na cidade de Criciúma.
Felipe chegou na entidade há um mês, por sofrer maus tratos do seu padrasto. Hoje o menino passa por um acompanhamento com a psicóloga da casa, pois é uma criança com traumas, “ele fica com muito medo, é assustado e precisa de cuidados especiais” diz a psicóloga da casa Renata Cardoso.
Já os irmãos, João, Larissa e Lucas estão na entidade há algum tempo, porque a família está passando por sérios problemas. Atualmente a entidade está abrigando doze crianças, elas ficam em tempo integral, algumas vão a escola e depois retornam.
A entidade beneficente nossa casa é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos que desenvolve um trabalho diferenciado na região. A casa atende crianças de adolescentes de 0 a 18 anos, meninas e meninos que podem estar em situação de risco social e familiar.
É através do Conselho Tutelar ou ordem judicial que as crianças chegam até o abrigo e ficam ali por tempo indeterminado, até que mediante determinação judicial são recolocadas na família ou em família substituta. As crianças que estão na entidade passam por um acompanhamento com a assistente social Simone Souza. “Nós fizemos um relatório de cada criança e da sua família, enquanto elas estão na entidade e quando voltam , é feito uma preparação para que a família possa receber a criança novamente” .
Há crianças que ficam na entidade para a adoção, como é o caso do bebê Gabriel de oito messes. A futura família esta passando por uma avaliação para recebe- ló em casa. Essas famílias são encaminhadas através do Fórum onde preencheram um questionário para a adoção.
A entidade conta com quinze funcionários que trabalham em dois turnos, para um melhor atendimento as crianças. Sandra Machado trabalha na casa há quatro anos e nos relata: “Aqui é a minha segunda casa, essas crianças são como se fossem meus filhos , quando eles saem daqui, bate um aperto no coração. Fizemos de tudo para que as crianças sintam-se em casa. Elas acordam tomam um café delicioso, umas vão para e escola outras ficam na entidade, fizemos brincadeiras, contamos histórias . A nossa alegria é ver o sorriso estampado nas expressões das crianças”
Segundo a coordenadora da Entidade Nossa Casa, Maria Carmen Búrigo, o maior objetivo da casa é fazer com que as crianças e adolescentes que ali estão, possam ter uma formação social para serem inseridos na sociedade .
A casa mantém-se através de doações. As principais dificuldades são a falta de fraudas, leite e utensílios de limpeza. A Nossa Casa está aberta para visitação das pessoas todos os finas de semana das 14:30 às 16:30 horas.
*Os nomes das crianças contidas na matéria são fictícios.
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